SEGUIDORES

7 de outubro de 2011

Ocupemos todas as Wall Streets

travelblog.org/


Queridos amigos,

Milhares de norte-americanos ocuparam sem violência a Wall Street - um epicentro do poder financeiro global e da corrupção. Eles são os últimos raios de luz em um novo movimento pela justiça social que está se espalhando rapidamente pelo mundo: de Madrid a Jerusalém e a 146 outras cidades, com outras aderindo a cada instante. Mas eles precisam de nossa ajuda para triunfarem.

Como são as famílias de trabalhadores que estão pagando a conta de uma crise financeira causada por elites corruptas, os manifestantes estão exigindo uma verdadeira democracia, justiça social e combate à corrupção. Mas eles estão sob forte pressão das autoridades e alguns meios de comunicação estão retratando-os como grupos extremistas. Se milhões de nós de todo o mundo os apoiarem, vamos aumentar a sua determinação e mostrar à mídia e aos líderes que os protestos fazem parte de um movimento massivo pela mudança.
Este ano pode ser o nosso 1968 desse século, mas para ter sucesso ele deve ser um movimento de todos os cidadãos, de todas classes sociais. Clique para participar da campanha para a democracia real - um contador gigante será erguido no centro da ocupação em Nova York mostrando ao vivo cada um de nós que assinarmos a petição e retransmitido ao vivo na página da petição:

http://www.avaaz.org/po/the_world_vs_wall_st/?vl

A onda mundial de protestos é o capítulo mais recente na história deste ano do poder global do povo. No Egito, as pessoas tomaram a praça Tahrir e derrubaram seu ditador. Na Índia, o jejum de um homem trouxe milhões às ruas e o governo teve que ceder - vencendo uma ação real para acabar com a corrupção. Durante meses, os cidadãos gregos protestam sem descanso contra os injustos cortes nos gastos públicos. Na Espanha, milhares de "indignados" desafiaram a proibição de manifestações pré-eleitoral e montaram um acampamento de protesto na praça do Sol para manifestar contra a corrupção política e a manipulação do governo da crise econômica. E neste verão em Israel as pessoas construíram "cidades de tendas" para protestar contra o aumento dos custos de habitação e por justiça social.
Estes assuntos nacionais estão ligados por uma narrativa global de determinação para acabar com a conivência das elites e de políticos corruptos - que em muitos países ajudaram a causar uma prejudicial crise financeira e agora eles querem que as famílias de trabalhadores paguem a conta. O movimento de massas que está respondendo a isso pode não só garantir que o ônus da recessão não caia sobre os mais vulneráveis, mas também pode ajudar a melhorar o equilíbrio de poder entre democracia e corrupção. Clique para apoiar o movimento:
http://www.avaaz.org/po/the_world_vs_wall_st/?vl


Em cada revolta, do Cairo a Nova York, o pedido por um governo responsável que sirva o povo é claro e nossa comunidade global tem apoiado esse poder do povo em todo o mundo, onde quer que tenha surgido. O tempo em que os políticos ficavam nas mãos dos poucos corruptos está terminando e, em seu lugar, estamos construindo democracias reais, de, por e para as pessoas.

Com esperança,

Emma, Maria Paz, Alice, Ricken, Morgan, Brianna, Shibayan e o resto da equipe Avaaz

Mais informações:

Protestos no sEUA entram no 18º dia e se alastram, "OEstadodeSãoPaulo"

A ocupação de Wall Street e a luta simbólica, "OGlobo"

Contra medidas de austeridade, Grécia faz greve no sector público, "GI"

Protestos contra corrupção reúnem milhares no Kuair "Folha de S.Paulo"
Ocupa Wall St - recursos on-line para a ocupação (em inglês)
http://occupywallst.org/

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Ocupando Wall Street, CartaMaior

Michael Moore, Venham todos ocupar Wall Street
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18595


16 de setembro de 2011

Já é mais fácil circular entre Portugal e Angola



Vistos de curta duração passam a ser emitidos por 90 dias e os de trabalho por três anos. Ambos vão permitir multi-entradas.


Portugal e Angola assinam hoje um acordo global de vistos. Até agora, existia apenas um acordo no âmbito da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que não era mais do que um entendimento geral. Segundo avançou à Renascença fonte diplomática, o protocolo assinado hoje, em Lisboa, vem introduzir mudanças profundas nos regimes de vistos de curta duração e laborais.

Os vistos de curta duração para Angola passam a ser emitidos por 90 dias por semestre – ou seja, até 180 dias por ano – e são documentos com multi-entradas, o que quer dizer que os cidadãos podem sair e voltar a entrar no país com o mesmo visto. Até agora, eram apenas de 30 dias, podendo ser renovados duas vezes por iguais períodos e sem multi-entradas.

Estes vistos são considerados essenciais para a internacionalização da economia portuguesa e para desenvolvimento das relações comerciais e empresariais entre Portugal e Angola.

Quanto aos vistos de trabalho, passam a ser emitidos por 36 meses – ou seja, três anos – e também com múltiplas entradas e saídas. São documentos considerados muito importantes para projectos de investimento. Até agora, eram emitidos por um ano, renováveis até duas vezes por períodos iguais, num total máximo de três anos. No final de cada ano, era necessário vir a Portugal pedir novo documento.

O acordo prevê ainda um prazo de oito dias para as concessões de vistos de curta duração, a partir da data de entrega do pedido, e de 30 dias para os vistos de trabalho.

São mudanças que têm como objectivo permitir um novo ciclo na mobilidade de cidadãos dos dois países. Segundo fonte diplomática, existem cerca de sete mil empresas portuguesas que trabalham directamente com Angola, mil das quais instaladas no país, sendo a grande maioria de pequena e média dimensão (PME).

Calcula-se ainda que estejam instalados em Angola entre 120 mil a 140 mil portugueses, a grande maioria em Luanda.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, e o seu homólogo angolano, Georges Chicoti, que está de visita a Lisboa, assinam o acordo.
António José Soares

http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=92&did=172853 15.09.2011

15 de setembro de 2011

Palanca-negra a Património da Humanidade


Está na internet uma petição para elevar a Palanca-negra a Património da Humanidade.

Pelo que verifiquei trata-se da Palanca-negra-gigante. Os promotores deveriam ter especificadoessa questão.

Para aderires à causa segue a ligação abaixo e, na página que surgir, clica em "Join Cause", à direita do vídeo.


Eles comem tudo

Ontem assim:

"Batendo as asas pela noite calada
Vêm em bandos com pés de veludo
Chupar o sangue fresco da manada"

Assim hoje:

"São os mordomos do universo todo
Senhores à força mandadores sem lei
Enchem as tulhas bebem vinho novo
Dançam a ronda no pinhal do rei"

E sempre:

"Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia as portas à chegada
Eles comem tudo eles comem tudo
Eles comem tudo e não deixam nada"

São os Vampiros.


com o som bem alto"

14 de setembro de 2011

Nação Solidária

Ao divulgá-la, o AngolaHaria está a apoiar a NS-Nação Solidária, Cooperativa de Solidariedade Social.

Faça o mesmo.



Objectivos


Projectos


Projecto 3 R's


 Contactos

Góis Pino Premiado Em Espanha

Góis Pino, artista plástico luso-angolano, arrecadou o 1º Prémio da 16ª edição da Arte no Morrazo, em Cangas, Espanha.

1 de agosto de 2011

A Internacionalização da Amazónia

Durante um debate ocorrido no mês de Novembro de 2000, numa Universidade dos Estados Unidos, o ex-governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque*, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazónia. Um jovem introduziu a pergunta dizendo que esperava a resposta de um humanista e não de um brasileiro. Segundo Cristovam, foi a primeira vez que alguém determinou a ótica humanista como ponto de partida para a sua resposta.

Por qualquer motivo (talvez porque os EU se arrogam o papel de zeladores da “verdade”), a resposta de Cristovam Buarque não foi publicada naquele país, garante da “liberdade” mundial.



"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo e risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a Humanidade. Se a Amazônia, sob uma ótica humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço. Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado.

Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação. Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país.

Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado. Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a Humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua história do mundo, deveriam pertencer ao mundo inteiro. Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil. Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida.

Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do mundo tenha possibilidade de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro. Ainda mais do que merece a Amazônia. Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar; que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa."

(*) Cristóvam Buarque foi governador do Distrito Federal (PT) e reitor da Universidade de Brasília (UnB), nos anos 90. É palestrante e humanista respeitado mundialmente.



Fonte:
Portal Brasil, http://www.portalbrasil.net/reportagem_amazonia.htm

22 de junho de 2011

Poderá ser a ponta de um iceberg



O matemático Nuno Crato é o ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência do 19º Governo Constitucional, acabado de empossar pelo Presidente da República.

Depois de o escutar, no vídeo que vos apresento, só posso concluir que o matemático não podia estar mais correcto no que afirma, particularmente acutilante quando diz que “a culpa, perdoem-me que o diga, é de todos os partidos; todos os partidos que por lá passaram [Ministério da Educação] fizeram mais ou menos o mesmo: deram mais atenção à forma do que ao conteúdo, deram mais recomendações pedagógicas do que traçaram objectivos pedagógicos, do que traçaram objectivos de aprendizagem”. Porque se afirma equidistante de paninhos quentes.

Desta intervenção ressalta uma evidência: os princípios defendidos por Nuno Crato são transversais, tocam, com as distâncias e especificidades próprias das várias franjas da sociedade, toda a governação.

Nuno Crato é independente e estará, por via disso, afastado dos lobbies que, sabemo-lo todos, pululam na política. A questão é saber se terá o apoio total e sem equívocos de Passos Coelho, fundamental, sem margem para dúvidas, para implementar aquilo que se projecta do seu discurso. É necessário, também, confirmar se o próprio Passos Coelho terá o poder necessário para lhe dar carta branca. É que Nuno Crato poderá encetar, não tenho dúvidas, uma verdadeira revolução na Educação e pôr em causa uma estrutura caduca e acomodada: é bom lembrar que a Educação não tem estado apenas nas mãos dos ministros, nem tem dependido unicamente das decisões dos ministros que lhe têm cabido em sorte.

Que Nuno Crato consiga actuar como pretende, que possa também influenciar outras áreas da sociedade, é a esperança, não só minha mas, creio, de todos aqueles que andam, há muitos anos, a exigir uma revolução verdadeira na praxis governativa.



3 de junho de 2011

Os meninos de rua e o Kalemba Skim*

AngoNotícias

“Joel tem 12 anos, viu a mãe morrer e já esteve sem um tecto para morar. O ambiente em casa levou-o a fugir. Ficou a dormir na praia, em Luanda. Só contava com a ajuda dos amigos. Aqueles a quem se juntou há quatro meses e com quem começou a praticar um desporto de que nem sabia o nome.” [1]

Os arruamentos da capital angolana são o lar sem tecto para mais de 4.000 crianças, vindas da guerra, violência, desintegração familiar, dizia a Audácia em 2002. [2]

Vários corpos de adolescentes, não identificados, são encontrados e recolhidos frequentemente nas ruas de Luanda. [3]

Tony foi apenas um dos vários jovens que ainda encontram na rua a sua residência, e que parece encontrar nas drogas a solução dos seus problemas. [4]

Embora Angola possa apresentar em 2012 um dos maiores índices de crescimento mundial [5], é bom que nos questionemos: será vida viver na praia, lavar-se com água da canalização rota, ter mesa posta no contentor do lixo? [6]

As pessoas que moram em casa com tecto mostram-se agastados com atitudes e comportamentos menos abonatórias praticadas pelos meninos de rua nos contentores de lixo. [7] Que culpa têm os meninos?

Não obstante, as coisas vão mudando, paulatinamente, a um ritmo lento, muito mais lento do que aquele que as condições desses meninos reclamam, porque para muitos será tarde demais.


Pixar/Notícias Magazine

“Mais de oitenta crianças e jovens juntam-se nas praias de Luanda para praticar um desporto do qual nem o nome sabiam. O projecto Kalemba Skim vai levar-lhes, já em Junho, a sabedoria e a experiência de profissionais portugueses do skimming. Tudo por uma boa causa: tirar estes jovens das ruas e do mundo das drogas.” [1]

O skimboard é uma variante do surf mas, para o caso, é uma bênção para as crianças de rua. Viram, quiseram fazê-lo, construíram as suas próprias tábuas e começaram a praticá-lo, sem saberem o seu nome sequer. Para quê um nome se o que interessava era a felicidade que sentiam? As imagens que chegam de Angola são elucidativas. Felicidade é o que se vê.

Mas para que essa felicidade não se tornasse efémera, Tchiyna, uma apaixonada pela fotografia, conseguiu olhar para lá das imagens e viu pessoas. Pôs mãos à obra e foi recompensada. Especialistas e técnicos do skimming irão para Angola, este mês, para ajudar a desenvolver a modalidade e ensinar os meninos a construir correctamente as suas pranchas. A construir o seu futuro, longe dos contentores de lixo.

O desporto não é, não pode ser apenas competição. Deverá ser, fundamentalmente, uma forma de construção de vidas dignas e saudáveis.



notas:
* Kalemba é uma palavra quimbunda de que derivou o termo Calema, fenómeno natural da costa ocidental africana, caracterizado por grandes vagas de mar.
Skim de Skimboard.

[1] TADEIA, Patrícia. Skimboard em Luanda, Notícias Magazine, nº 992, 29.05.211.
[2] VIEIRA, José. Meninos nas ruas de Luanda: Para ensinar a sonhar, Audácia, Julho 2002, [url] http://www.audacia.org/cgi-bin/quickregister/scripts/redirect.cgi?redirect=EEuVyEZpVVmsdqCxAn
[3] Adolecentes recolhidos nas ruas de Luanda, MPDA-Movimento para a Paz e a Democracia em Angola , [url] http://www.mpdaangola.com/rubrique,adolecentes-mortos-l-da,1147531.html

[4] LUANDINO, Helder. Conheça a historia de dois jovens que no passado foram meninos de rua, Rádio Ecclesia, 7-07-2010, [url] http://www.radioecclesia.org/index.php?option=com_content&view=article&id=3020:conheca-a-historia-de-dois-jovens-que-no-passado-foram-meninos-de-rua-e-andaram-envolvidos-em-droga-criaram-um-projecto-de-ajuda-a-toxicos-dependentes-e-auxiliam-outros-jovens-a-sairem-das-ruas&catid=161:heroina-da-comunidade&Itemid=521
[5] AngoNotícias. Angola terá em 2012 um dos maiores crescimentos económicos a nível mundial, 2.06.2011, [url] http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=31947
[6] ALVES, Dinis Manuel. Mediático, [url] http://www.mediatico.com.pt/luanda/esg.html
[7] Angop. Moradores da Avenida Brasil indignados com meninos de rua, 24.05.2005, [url] http://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2005/4/21/Moradores-Avenida-Brasil-indignados-com-meninos-rua,aa26e087-7372-40a3-80b3-c61b5378f49c.html


vídeo:

28 de maio de 2011

Dominique Strauss Kahn - A verdade Escondida


O artigo que se segue circula livremente em vários sítios da internet, nomeadamente no Octopedia.blogspot.com e por email, não é, portanto, da responsabilidade do Angola Haria.


“A rádio, os jornais, a televisão não vos contam a verdade. Sobre qualquer informação faça a seguinte pergunta: "Quem beneficia com isto?". Procure pontos de vista diferentes, pense por si. Agora sim, retome a notícia.



CLUBE BILDERBERG EM ACÇÃO!



É fácil destruir a quem se opõe às suas tácticas financeiras.

Dominique Strauss Kahn foi eliminado por ameaçar a elite financeira mundial

Dominique Strauss Kahn foi vítima de uma conspiração construída ao mais alto nível por se ter tornado uma ameaça crescente para os grandes grupos financeiros mundiais. As suas recentes declarações como a necessidade de regular os mercados e as taxas de transacções financeiras, assim como uma distribuição mais equitativa da riqueza, assustaram os que manipulam, especulam e mandam na economia mundial.

Não vale a pena pronunciarmo-nos sobre a culpa ou inocência pelo crime sexual de que Dominique Strauss Kahn é acusado, os media já o lincharam. De qualquer maneira este caso criminal parece demasiado bem orquestrado para ser verdadeiro, as incongruências são muitas e é difícil acreditar nesta história.

O que interessa aqui salientar é: quem beneficia com a saída de cena de Strauss Kahn?

Convém lembrar que quando em 2007 ele foi designado para ser o patrão do FMI, foi eleito pelo grupo do clube Bilderberg, do qual faz parte. Na altura ele não representava qualquer "perigo" para as elites económicas e financeiras mundiais com as quais partilhava as mesmas ideias.

Em 2008, surge a crise financeira mundial e com ela, passados alguns meses, as vozes criticas quanto à culpa da banca mundial e ao papel permissivo e até colaborante do governo norte-americano. Pouco a pouco, o director do FMI começou a demarcar-se da política seguida pelos seus antecessores e do domínio que os Estados Unidos sempre tiveram no seio da organização.

Ainda no início deste mês, passou despercebido nos media o discurso de Dominique Strauss Kahn. Ele estava agora bem longe do que sempre foi a orientação do FMI. Progressivamente o FMI estava a abandonar parte das suas grandes linhas de orientação: o controlo dos capitais e a flexibilização do emprego. A liberalização das finanças, dos capitais e dos mercados era cada vez mais, aos olhos de Strauss Kahn, a responsável pela proliferação da crise "made in America".

O patrão do FMI mostrava agora nos seus discursos uma via mais "suave" de "ajuda" financeira aos países que dela necessitavam, permitia um desemprego menor e um consumo sustentado, e que portanto não seria necessário recorrer às privatizações desenfreadas que só atrasavam a retoma económica. Claro que os banqueiros mundiais não viam com bons olhos esta mudança, achavam que está tudo bem como sempre tinha estado, a saber: que a política seguida até então pelo FMI tinha tido os resultados esperados, isto é os lucros dos grandes grupos financeiros estavam garantidos.

Esta reviravolta era bem-vinda para economistas progressistas como Joseph Stiglitz que num recente discurso no Brooklings Institution, poderá ter dado a sentença de morte ao elogiar o trabalho do seu amigo Dominique Strauss Kahn. Nessa reunião Strauss Kahn concluiu dizendo: "Afinal, o emprego e a justiça são as bases da estabilidade e da prosperidade económica, de uma política de estabilidade e da paz. Isto são as bases do mandato do FMI. Esta é a base do nosso programa".

Era impensável o poder financeiro mundial aceitar um tal discurso, o FMI não podia transformar-se numa organização distribuidora de riqueza. Dominique Strauss Kahn tinha-se tornado num problema.

Recentemente tinha declarado: "Ainda só fizemos metade do caminho. Temos que reforçar o controlo dos mercados pelos Estados, as políticas globais devem produzir uma melhor distribuição dos rendimentos, os bancos centrais devem limitar a expansão demasiado rápida dos créditos e dos preços imobiliários. Progressivamente deve existir um regresso dos mercados ao estado".

A semana passada, Dominique Strauss Kahn, na George Washington University, foi mais longe nas suas declarações: "A mundialização conseguiu muitos resultados...mas ela tem também um lado sombrio: o fosso cavado entre os ricos e os pobres. Parece evidente que temos que criar uma nova forma de mundialização para impedir que a "mão invisível" dos mercados se torne num "punho invisível".

Dominique Strauss Kahn assinou aqui a sua sentença de morte, pisou a alinha vermelha, por isso foi armadilhado e esmagado.”



Para ligação à página oficial de Daniel Estulin (em castelhano), autor do livro "Clube Bilderberg - Os Senhores do Mundo", clique no título



Para saber mais sobre o grupo Bilderberg:
carta de Daniel Estulin, aos bloguistas portugueses

na Wikipedia

24 de maio de 2011

Poema de agradecimento à corja

Obrigado, excelências.

Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade

de vivermos felizes e em paz.

Obrigado

pelo exemplo que se esforçam em nos dar

de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem

dignidade.

Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada.

Por não nos darem explicações.

Obrigado por se orgulharem de nos tirar

as coisas por que lutámos e às quais temos direito.

Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria.

Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero.

Obrigado pela vossa mediocridade.

E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.

Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.

Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera.

Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias

um dia menos interessante que o anterior.

Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.

Obrigado por nos darem em troca quase nada.

Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade.

Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade

e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.

E pelo vosso vergonhoso descaramento.

Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer,

o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar.

Obrigado por serem o que são.

Obrigado por serem como são.

Para que não sejamos também assim.

E para que possamos reconhecer facilmente

quem temos de rejeitar.


Joaquim Pessoa

para saber mais sobre Joaquimm pessoa clique no título

20 de maio de 2011

Silva Mateus Falou da falta de democracia no MPLA

O líder da União das Tendências do MPLA, (a faccão interna que reclama democratização do partido no poder), Silva Mateus, foi recentemente recebido na embaixada norte americana em Luanda onde, no âmbito político, fez “uma abrangência sobre a ausência da democracia interna no seio do seu partido que consequentemente contagia as instituições do Estado e a sociedade em geral.”

O general na reserva foi recebido no âmbito de uma audiência alargada que juntou membros da “Fundação 27 de maio”, da qual faz parte como Presidente. Fez-se comparecer com o general José Adão Fragoso, e Moises Sotto Mayor, Vice-Presidente e membro da coordenação do núcleo de direitos humanos da referida fundação. Pela parte americana estiveram presentes Catherine Griffith, a secretária dos assuntos políticos e direitos humanos e Tomas R. Hastings, consultor político-económico daquela missão diplomática.
De acordo com uma fonte habilitada “Foram abordadas várias questões, dentre elas o estado da nação, o holocausto do 27 de maio, o fuzilamento público do comandante Virgílio Sotto Mayor, direitos e oportunidades da juventude.”


“Neste sentido – juventude – a embaixada perspetivou a hipótese de conceder bolsas de estudos para cursos profissionais aos jovens Angolanos, no sentido de capacitá-los para o desafio do amanhã”, disse a fonte.

“No âmbito dos direitos humanos a embaixada predispôs-se a apoiar e patrocinar um projeto de mapeamento das valas comuns onde se encontram os perecidos durante o holocausto e solicitou o dossier “Sindroma de Sotto Mayor”, que retrata a vida e obra de Virgílio Sotto Mayor até à data em que foi fuzilado”.

Ainda nesta senda o general José Adão Fragoso ofereceu alguns livros de sua autoria aos representantes da embaixada americana e entregou uma carta pessoal para o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama.


Líder da UT-MPLA recebido na embaixada americana , Club-K online, [url] http://club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=7694:lider-da-uniao-das-tendencias-mpla-recebido-na-embaixada-americana&catid=23:politica&Itemid=600, 18.05.2011.

14 de maio de 2011

Solaris, o oitavo mar

Todas as informações referentes ao lançamento, encomendas e editor, serão alojadas na página


NB:

Peço imensa desculpa aos leitores do AngolaHaria pelo facto de ter estado - e continuar assim durante algum tempo - concentrado apenas neste evento, para mim muito importante.

6 de março de 2011

Manif em Luanda III



"Nos meus telemóvel e e-mail, recebo reiterados convites anónimos ( embora alegadamente orientados pelo plurínomo “Agostinho Jonas Roberto dos Santos”) para participar da manifestação que se diz vir ter lugar no dia 7 de Março, à semelhança e na sequência do que se vai passando no mundo árabe-muçulmano, com sucessos já consumados contra regimes pessoais, instalados durante décadas, na Tunísia e no Egipto; por enquanto."
"Se eu estivesse convicto de completas semelhanças do nosso caso com os precedentes tunisino e egípcio, mesmo que não tomasse parte da manifestação, apoiaria com certeza, a iniciativa, sem vacilar."

[...]

"É evidente também que não alinho, de modo nenhum, com o actual Secretário-Geral do MPLA, o General Dino Matross, quando depois de alardear um “Cuidado que isto aqui não é nem Tunísia nem Egipto!” tenta explicar que aqui os “donos do poder” nunca contribuíam para que tal tipo de analogias fossem estabelecidas. Na verdade, é nesta hora que mais uma vez se evidencia que tenho toda a razão em divergir com a actual direcção do MPLA sobre a forma como devia terminar a alegada transição de regime."

MOCO, Marcolino. A propósito de Kadhafi: Quem não liberta amarra-se a si próprio, à Mesa do Café, [url] http://marcolinomoco.com/

Ler artigo completo.

Manif em Luanda II




“O governo está a intimidar o povo. Eu, Agostinho J. R. dos Santos estou a ser perseguido pela Sinfo dia e noite. Alguns deles dizem que eu estou no Reino Unido ou EUA... Nada vai impedir eu e o meu povo a exercer os nossos direitos Constitucionais (Artigos 40 e 47). Agradeco a coragem do meu irmão Sérgio Ngueve dos Santos pela carta e ao meu povo pela vontade. Espero por vós no largo da independência porque reitero que a manifestação anti-governamental em Angola vai sim começar no dia 7 de Março de 2011, de Cabinda a Cunene. O acto central teré lugar no largo da Independencia em Luanda.”




“Em toda Angola, vamos marchar com cartazes exigindo a saída do Zé Du, seus ministros e companheiros corruptos.”

Ler o Manifesto na página de “A Nova Revolução Do Povo Angolano”

3 de março de 2011

Parvos que somos

http://www.youtube.com/watch?v=UtXZaVHAoPQ


«Como diz De Masi, "o ócio pode transformar-se em violência, neurose, vício e preguiça, mas pode também elevar-se em estudo, arte, criatividade, liberdade". Ora, "Os Deolinda" estudaram, tiraram cursos. Não conseguiram trabalho nas profissões da formação. Mas "libertaram-se", pela criatividade, pela iniciativa do canto, da música.»
OLIVEIRA, Paquete de. "Os Deolinda" não são parvos nem escravos, JN, 3.03.2011



Sou da geração sem remuneração


E não me incomoda esta condição.

Que parva que eu sou!



Porque isto está mal e vai continuar,

Já é uma sorte eu poder estagiar.

Que parva que eu sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.



Sou da geração “casinha dos pais”,

Se já tenho tudo, pra quê querer mais?

Que parva que eu sou!

Filhos, marido, estou sempre a adiar

E ainda me falta o carro pagar,

Que parva que eu sou!

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.



Sou da geração “vou queixar-me pra quê?”

Há alguém bem pior do que eu na tv.

Que parva que eu sou!

Sou da geração “eu já não posso mais!”

Que esta situação dura há tempo demais

E parva não sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.



(Texto redigido conforme o Novo Acordo Ortográfico .)

Manif em Luanda


Uma Manif de protesto contra o regime de José Eduardo dos Santos, marcada para 7 de março em Luanda e convocada por um intitulado "Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola (MRPLA)", por e-mail, SMS e Redes Sociais, está a desnortear a cabeça dos dirigentes angolanos .

“A iniciativa é de origem anónima, mas desde o seu anúncio que se especula sobre quem está atrás desta organização. O protesto é assinado sob pseudónimo: Agostinho Jonas Roberto dos Santos. O nome fictício junta os nomes de: Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola, Jonas Savimbi, líder histórico da UNITA, Holden Roberto líder histórico do FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e do atual presidente, José Eduardo dos Santos.” [RFI]

O Secretário-geral do MPLA, Dino Matrosse, afirmou, na sessão de encerramento do V Congresso Ordinário da Organização da Mulher Angolana (OMA), que “as reiteradas tentativas de incitação à anarquia, à desobediência, à violência e à subversão, por círculos muito bem identificados, visam interromper o trabalho de reconstrução do país que está a ser levado a cabo sob a liderança do presidente José Eduardo dos Santos.” [Angop]

O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, já tratou de preparar a população para o que poderá vir a acontecer: "num Estado Democrático não devem ser tolerados comportamentos individuais ou coletivos, praticados por quem quer que seja, que atentam contra a ordem constitucional e ponham em risco a estabilidade do mandato e do funcionamento dos órgãos legitimados para exercer os poderes Legislativo, Judicial e Executivo". [Portugal Digital]

Como seria de esperar, o poder anunciou já, pela voz de Bento Bento, secretário provincial de Luanda do MPLA, uma contramanifestação “patriiótica” de desagravo, que se antecipa para dia 5. Como não é, também, estranho, aquele responsável do partido no poder adiantou que a manifestação do dia 7 tem o “apoio de alguns grupos de pressão de alguns países, nomeadamente Portugal, França, Itália, Bélgica e alguns setores ligados à Grã-Bretanha e Alemanha”, que “puseram em marcha um plano contra a República de Angola contra o MPLA e principalmente contra o Presidente José Eduardo dos Santos."
Que tenebrosos países aqueles!


(Texto redigido conforme o Novo Acordo Ortográfico .)

2 de março de 2011

Novo dia

Caros amigos e seguidores:


O AngolaHaria voltou e, promete, com forças redobradas.

A 2 de fevereiro, faz hoje um mês preciso, a página principal sofreu um ataque violento que avançou com ameaças declaradas ao seu autor.

À primeira vista parecia uma guerra acéfala e estúpida, uma vez que os atacantes arremetiam contra um assunto do qual não tinham conhecimento algum e que apenas dizia respeito ao autor e outra pessoa.

Esse facto (o desconhecimento completo do assunto) foi aquilo que me alertou. Não era tão inocente como parecia, o que se passava.

Resolvi encerrar os blogues para proteção de terceiros e, principalmente, para poder tratar da investigação dos factos sem interferências.

Hoje os autores do ataque a mando estão perfeitamente identificados, bem como os IP’s e moradas. Esqueceram-se os mentecaptos que os homens podem mentir e escudar-se cobardemente no anonimato ou sob falsos nomes e endereços, mas as máquinas não. Os computadores, de expedição e receção, registam tudo independentemente da vontade humana. Essa é a segurança das pessoas livres.

Recebi muitas mensagens de solidariedade e agradeço a todos a gentileza. Prometo continuar, como até aqui, a defender o direito à Diferença, à Indignação, à Livre Expressão de Pensamento sem preconceitos; e os Direitos e Liberdades de todos os Homens e demais Seres Vivos.

Estamos juntos!



PS:

O AngolaHaria, por via do sucedido, está tecnicamente alterado. As mudanças são, no entanto impercetíveis e não interferem minimamente com o bom funcionamento dos blogues. Os comentários, também para evitar o lixo insultuoso que alguns internautas espalham pela net, passarão a ser editados apenas depois de revisão. Mas não devem preocupar-se com esse facto os bem-intencionados.

(Texto redigido conforme o Novo Acordo Ortográfico .)



2 de fevereiro de 2011

My Heart of Darkness



20 anos depois, um general sul-africano volta ao Kuito com um único objectivo:

pedir perdão ao Povo Angolano.

Teria sido bom que aquela guerra não tivesse acontecido,
mas é emocionante verificar que, afinal, nem todos os homens são feras raivosas.
E que as vítimas sabem perdoar.