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24 de setembro de 2006

Alto Hama - crónicas (diz)traídas


Foi lançado em Lisboa, na Casa de Angola, com apresentação de Eugénio Costa Almeida, o livro “Alto Hama - crónicas (diz)traídas”, do jornalista Orlando Castro, uma colectânea de artigos publicados no “Notícias Lusófonas”.

Editada pela Papiro Editora com o apoio da Casa de Angola, a obra reúne crónicas que abordam temáticas relacionadas com os países da Lusofonia. O prefácio é de Eugénio Costa Almeida.

Segundo Eugénio Costa Almeida, “Alto Hama - crónicas (diz)traídas” é um livro onde se analisam alguns casos respeitantes a Portugal, a Angola, à Lusofonia e todas as vertentes que a envolvem, como a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), a africanidade e alguns sectores não africanos, assim como o jornalismo.



foto Alto Hama.blogspot.com

Orlando Castro nasceu em 1954 em Angola, onde viveu até 1975. A sua actividade jornalística teve início muito antes da independência do país no jornal “A Voz dos Mais Novos”, órgão de informação do Liceu Nacional General Norton de Matos de Nova Lisboa. Foi também nesta instituição que se diplomou em Jornalismo.

Ainda em Angola, entre 1973 e 1975, foi redactor do diário “A Província de Angola” e chefe de Redacção da revista “Olá! Boa Noite”, bem como colaborador da Rádio Clube do Huambo, da Emissora Comercial do Huambo e do bissemanário “O Planalto”.

Em Portugal, para onde veio em finais de 1975, colaborou com os jornais “Pontual”, “O País”, “Templário”, “Jornal de Ramalde”, “Vida Social”, “Voz do Barreiro”, “O Primeiro de Janeiro” e ainda na “RIT – Revista da Indústria Têxtil”. Integra, desde 1991, a redacção do “Jornal de Notícias”.

É também autor dos livros “Algemas da Minha Traição” (1975), “Açores - Realidades Vulcânicas” 1995), “Ontem, Hoje... e Amanhã?” (1997) e “Memórias da Memória” (2001).

Twayovoka apresenta “O Perdão e a Reconciliação”

Uma peça teatral intitulada "O Perdão e a Reconciliação", uma aceitação mútua e sem exclusão num lar turbulento, vai abrir hoje em Benguela o projecto "Noites de Teatro", uma iniciativa da Organização Twayovoka Para o Desenvolvimento, destinada a fomentar um espaço de cultura e lazer, através das artes cénicas.

Segundo o seu director-geral António Capela, o projecto visa ainda angariar fundos para dar sustentabilidade às acções que a instituição pretende realizar na província.

Com duração de um ano , a iniciativa contempla a exibição quinzenal, nas cidades de Benguela e Lobito, de peças de teatro envolvendo mais de 20 actores. Pretende-se também expandir a experiência para Luanda, de três em três meses.

As "Noites de Teatro" terão como inovação a entoação de cânticos e a declamação de poesias.

A Organização Twayovoka, criada em 2000 inicialmente como grupo teatral, é uma ONG de índole voluntária, apartidária e filantrópica, com personalidade jurídica, autonomia administrativa e financeira.

23.09.2006

Memórias de Alcides Sakala



Está editada pela D. Quixote a obra “Memórias de Um Guerrilheiro", de Alcides Sakala, líder do grupo parlamentar da UNITA.

Sobre o livro diz o autor

Este diário retrata o meu quotidiano, enquanto guerrilheiro, político e diplomata. Escrevi-o num dos períodos mais difíceis da história de Angola, entre os anos de 1998 a 2002, numa fase que considero como a mais importante da minha vida, relativamente à consolidação das minhas convicções políticas e ideológicas.
[...]
Estas reflexões são produto da experiência que vivi ao longo de muitos anos de luta política, armada e diplomática, por um ideal em que sempre acreditei: a implantação em Angola de um Estado de Direito Democrático multipartidário.”




Público

21 de setembro de 2006

Leis Novas, Ideias Velhas





ESTA GENTE QUE MANDA AGORA
FAZ LEIS NOVAS COM IDEIAS VELHAS

CASTRO SOROMENHO


( fala de Albino Lourenço em “A Chaga” )

As Mulheres de Ferreira Pinto


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As Cores de Uma Descoberta

de Ferreira Pinto


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20 de setembro de 2006

Analfabetos

crédito da imagem: http://www.unisc.br


OS VERDADEIROS ANALFABETOS
SÃO OS QUE APRENDERAM A LER
E NÃO LÊEM.

Mário Quintana


( de uma amiga muito especial do Angola Haria)

5 de setembro de 2006

Angola organiza o CAN'2010

"A República de Angola vai albergar em 2010 a fase final do Campeonato Africano das Nações em futebol (CAN), anunciou hoje na cidade do Cairo (Egipto), o presidente da Confederação continental da modalidade (CAF), o camaronês Issa Hayatou."

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Os responsáveis angolanos mais directamente relacionados com o evento já se pronunciaram tecendo loas a esta conquista.

Escolha traduz o prestígio que o país tem vindo a conquistar… José Eduardo dos Santos, Presidente da República

Agora devem ser preparadas as condições desportivas e não só… Roberto de Almeida, Presidente da A.N.

Um orgulho nacional acolher a prova agfricana… Justino Fernandes, Presidente da F.A.F.

Dignificámos o nome do país… Albino da Conceição, Vice-Ministro da Juventude e Desportos

Eu também me regozijei com o facto, mas fico na expectativa.

Vou reter as palavras de Roberto de Almeida, Presidente da AN: “agora devem ser preparadas as condições desportivas e não só para que, como organizadores, estejamos entre os lugares dignos na tabela classificativa.”

Pode ser que o Povo beneficie com as condições “e não só”: melhoramento da rede viária e incremento das ligações interurbanas, resolução do cancro do saneamento básico, criação de empregos dignos, melhoria substancial das infraestruturas de saúde pública, humanização da malha habitacional periférica de Luanda…

Espero que este evento sirva, também, para isto! E isto não será pedir muito (aguardemos os orçamentos!). Só a satisfação destas necessidades básicas do Povo Angolano dará algum sentido a estes discursos.

admário costa lindo

fonte:
Angop, 4.09.2006

3 de setembro de 2006

Africando os Sons



José Góis* é nascido, criado e fugido de Angola. Músico autodidacta pela curiosidade e necessidade. Nos finais dos anos 70 criou, com Paulo Fiel, Álvaro Serra e Cepeda, a banda Íris Púrpura. Depois de muitas viagens encontrou-se em estúdio com um grupo de amigos e gravou, em 1998, o CD Agridoce.

Voz da Póvoa: O africano parece nascer com os ritmos e a música, é também o seu caso?

José Góis: A música corre há gerações no sangue da minha família. A sanfona, o bandolim ou o violino, são apenas alguns dos instrumentos que o meu pai, o meu avô ou o meu bisavô tocavam. É uma herança genética à qual dei continuidade, por estar sempre pendurado na saudade de Angola. Em presença tenho estado por cá, mas em alma nunca saí de lá. O instrumento aparece como uma terapia e uma companhia.

VP: Já a viver na Póvoa a música africana acaba por ter que esperar. Porquê?

JG: Quando cheguei, em 1977, fugindo da guerra, os amigos que fui conhecendo com as suas bandas de garagem, apostavam em projectos rock, adaptei-me guardando a minha África para outra altura. O primeiro projecto chamava-se Íris Púrpura. Depois nesta história da música cabem muitos amigos, que vão chegando e abraçando as sonoridades, como Noé Gavina, Carlos Martins, Ernesto Candal, Sérgio e tantos outros. Com o evoluir dos músicos andamos ali perto do jazz e do clássico sem ter atingido nenhum dos lugares, desta fusão deu-se a confusão e cada um seguiu a sua estória.

VP: Porque razão nunca teve um projecto consistente?

JG: Na música sempre andei à procura de mim, não sigo nenhum sonho, devo apenas estar a perseguir essa história do meu lado preto. Sei que para voltar às minhas origens só posso ir por aí, pelo lado do sentimento, para assinar o meu armistício interior, que me arranca da alma as composições. Nunca tive a necessidade de me afirmar com nada. Nas viagens e nos concertos por essa Europa encontrei pessoas que gostam de mim e daquilo que faço. A música é o princípio do meu equilíbrio.

VP: Qual é a fórmula errada para que um projecto musical se perca?

JG: Penso que o músico debita um certo individualismo e quando isso acontece os projectos falham. O grupo tem a exigência da afinação para que funcione num todo. Muitos dos músicos com quem trabalhei hoje tocam sozinhos, os persistentes fazem carreira, os outros andam por aí e é pena porque havia grandes talentos que ficaram muito perto das coisas sérias. Eu também andei por aí, fiz uma viagem de 180 dias no deserto da Namíbia tendo como companhia a guitarra.

VP: E o disco Agridoce?

JG: É a primeira estória do sabor adquirido da África e do mundo. É um disco carregado de saudade e de cansaço, cantado num dialecto de Angola que, tendo passado um pouco ao lado deste país, passou muito no auditório da RDP África e nas rádios de Angola. O disco já passou pela pirataria e sofreu umas mixagens. Os tipos viram que eu estava cansado e deram-lhe outro ritmo, africanizando mais um pouco.

VP: Sei que o regresso ao estúdio está para breve. É o regresso à África dos sons?

JG: Definitivamente o projecto tomou a direcção africana, o objectivo é chegar ao corredor da lusofonia. Para esta viagem conto com um grupo de jovens amigos, o brasileiro Tuca na percussão, Toni Vieira no baixo e contrabaixo, o Tiago, como convidado, no violino e umas vozes femininas africanas. O projecto está a ser trabalhado desde o início do ano, os compromissos têm atrasado um pouco, mas está aí mesmo a bater à porta.

entrevista conduzida por José Peixoto
“A Voz da Póvoa”, 17.08.2006


* José Góis nasceu na Palanca, Humpata, Huíla a 16 de Março de 1962. Reside na Póvoa de Varzim. É irmão do artista plástico Carlos Góis Pino »»».