SEGUIDORES

30 de maio de 2006

Notícias da cólera




A epidemia de cólera declarada em Angola, que provocou mais de 1.500 mortos desde meados de Fevereiro, continua a alastrar pelo país, apesar da sensível redução que se tem verificado no número de casos diários.
A doença, que já afecta 13 das 18 províncias de Angola, pode agora ter alastrado ao Namibe, província no litoral sul do país, onde se registaram 360 casos suspeitos, de que resultaram 26 mortos.

Os dados foram hoje divulgados por João Campos, director clínico do Hospital Municipal do Tômbua, segunda maior cidade da província, especificando que o primeiro caso foi registado a 24 de Abril.

João Campos admitiu, no entanto, que só pode ser confirmada a presença de cólera depois de serem conhecidos os resultados das análises que estão a ser feitas em Luanda.

No relatório diário da epidemia hoje divulgado em Luanda, a Organização Mundial de Saúde (OMS) não faz qualquer referência à existência de casos suspeitos de cólera na província do Namibe.

O balanço mais recente da epidemia de cólera refere que já foram registados 40.557 casos, que fizeram 1.514 vítimas mortais.

Nas últimas 24 horas, as autoridades sanitárias registaram 282 novos casos de cólera, dos quais 173 em Luanda, o que reflecte a tendência de quebra que se tem vindo a verificar nos últimos dias.

A maioria das províncias afectadas pela cólera registou nas últimas 24 horas menos de 10 novos casos, mantendo-se acima da centena de casos diários apenas a província de Luanda.

Diário Digital / Lusa 29.05.2006

2 comentários:

Anónimo disse...

No momento em que escrevo faltam 10 horas para que o meu filho regresse de Angola, onde esteve a trabalhar durante um ano, perto de Capelongo. Eu, que através dele me sentia bem "lá", andei ultimamente com o coração nas mãos, por causa da cólera. Seria tão fácil acabar com ela, se os homens quisessem!
E agora Timor, que tristeza... Que pode fazer cada um de nós?

Anónimo disse...

Desde que a higiene pública seja controlada é possível reverter a calamidade que infelizmente se expande pelo País. Agora é Angola e nos outros países Africanos, como ser´á?.