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22 de junho de 2011

Poderá ser a ponta de um iceberg



O matemático Nuno Crato é o ministro da Educação, do Ensino Superior e da Ciência do 19º Governo Constitucional, acabado de empossar pelo Presidente da República.

Depois de o escutar, no vídeo que vos apresento, só posso concluir que o matemático não podia estar mais correcto no que afirma, particularmente acutilante quando diz que “a culpa, perdoem-me que o diga, é de todos os partidos; todos os partidos que por lá passaram [Ministério da Educação] fizeram mais ou menos o mesmo: deram mais atenção à forma do que ao conteúdo, deram mais recomendações pedagógicas do que traçaram objectivos pedagógicos, do que traçaram objectivos de aprendizagem”. Porque se afirma equidistante de paninhos quentes.

Desta intervenção ressalta uma evidência: os princípios defendidos por Nuno Crato são transversais, tocam, com as distâncias e especificidades próprias das várias franjas da sociedade, toda a governação.

Nuno Crato é independente e estará, por via disso, afastado dos lobbies que, sabemo-lo todos, pululam na política. A questão é saber se terá o apoio total e sem equívocos de Passos Coelho, fundamental, sem margem para dúvidas, para implementar aquilo que se projecta do seu discurso. É necessário, também, confirmar se o próprio Passos Coelho terá o poder necessário para lhe dar carta branca. É que Nuno Crato poderá encetar, não tenho dúvidas, uma verdadeira revolução na Educação e pôr em causa uma estrutura caduca e acomodada: é bom lembrar que a Educação não tem estado apenas nas mãos dos ministros, nem tem dependido unicamente das decisões dos ministros que lhe têm cabido em sorte.

Que Nuno Crato consiga actuar como pretende, que possa também influenciar outras áreas da sociedade, é a esperança, não só minha mas, creio, de todos aqueles que andam, há muitos anos, a exigir uma revolução verdadeira na praxis governativa.



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