“A iniciativa é de origem anónima, mas desde o seu anúncio que se especula sobre quem está atrás desta organização. O protesto é assinado sob pseudónimo: Agostinho Jonas Roberto dos Santos. O nome fictício junta os nomes de: Agostinho Neto, o primeiro Presidente de Angola, Jonas Savimbi, líder histórico da UNITA, Holden Roberto líder histórico do FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola) e do atual presidente, José Eduardo dos Santos.” [RFI]
O Secretário-geral do MPLA, Dino Matrosse, afirmou, na sessão de encerramento do V Congresso Ordinário da Organização da Mulher Angolana (OMA), que “as reiteradas tentativas de incitação à anarquia, à desobediência, à violência e à subversão, por círculos muito bem identificados, visam interromper o trabalho de reconstrução do país que está a ser levado a cabo sob a liderança do presidente José Eduardo dos Santos.” [Angop]
O presidente do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, já tratou de preparar a população para o que poderá vir a acontecer: "num Estado Democrático não devem ser tolerados comportamentos individuais ou coletivos, praticados por quem quer que seja, que atentam contra a ordem constitucional e ponham em risco a estabilidade do mandato e do funcionamento dos órgãos legitimados para exercer os poderes Legislativo, Judicial e Executivo". [Portugal Digital]
Como seria de esperar, o poder anunciou já, pela voz de Bento Bento, secretário provincial de Luanda do MPLA, uma contramanifestação “patriiótica” de desagravo, que se antecipa para dia 5. Como não é, também, estranho, aquele responsável do partido no poder adiantou que a manifestação do dia 7 tem o “apoio de alguns grupos de pressão de alguns países, nomeadamente Portugal, França, Itália, Bélgica e alguns setores ligados à Grã-Bretanha e Alemanha”, que “puseram em marcha um plano contra a República de Angola contra o MPLA e principalmente contra o Presidente José Eduardo dos Santos."
Que tenebrosos países aqueles!
(Texto redigido conforme o Novo Acordo Ortográfico .)
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