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3 de março de 2011

Parvos que somos

http://www.youtube.com/watch?v=UtXZaVHAoPQ


«Como diz De Masi, "o ócio pode transformar-se em violência, neurose, vício e preguiça, mas pode também elevar-se em estudo, arte, criatividade, liberdade". Ora, "Os Deolinda" estudaram, tiraram cursos. Não conseguiram trabalho nas profissões da formação. Mas "libertaram-se", pela criatividade, pela iniciativa do canto, da música.»
OLIVEIRA, Paquete de. "Os Deolinda" não são parvos nem escravos, JN, 3.03.2011



Sou da geração sem remuneração


E não me incomoda esta condição.

Que parva que eu sou!



Porque isto está mal e vai continuar,

Já é uma sorte eu poder estagiar.

Que parva que eu sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.



Sou da geração “casinha dos pais”,

Se já tenho tudo, pra quê querer mais?

Que parva que eu sou!

Filhos, marido, estou sempre a adiar

E ainda me falta o carro pagar,

Que parva que eu sou!

E fico a pensar

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.



Sou da geração “vou queixar-me pra quê?”

Há alguém bem pior do que eu na tv.

Que parva que eu sou!

Sou da geração “eu já não posso mais!”

Que esta situação dura há tempo demais

E parva não sou!

E fico a pensar,

Que mundo tão parvo

Onde para ser escravo é preciso estudar.



(Texto redigido conforme o Novo Acordo Ortográfico .)

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