SEGUIDORES

19 de junho de 2008

Onde está a vergonha?



Tentei evitá-lo mas não foi possível. Não resisti! Esta pérola da falta de vergonha,foi-me enviada por e-mail.
TENTEI COMPRAR UM IATE,
A TROCO DO MEU CARRITO
VAT'EMBORA AMIGO, VATE!
E TROCA-O POR UM BURRITO.

GASÓLEO A 0,80€ PARA OS IATES

O Governo democrático e maioritário do PS tem por hábito quando é confrontado com realidades, apontar os canhões para o PSD, seu parceiro do «Bloco Central de Interesses».

Mas agora, todos ficam a saber : os que têm iates e embarcações de recreio, através do Artº 29 do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008, beneficiam de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os pescadores.

Assim todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates…

É da mais elementar justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,42 €, e os banqueiros e empresários do 'Compromisso Portugal' o paguem a 0,80 €, e é justo, porque estes não têm culpa que os trabalhadores não comprem iates!


Porreiro pá !


NB:
a quadra é da autoria do João Manuel Mangericão (Neco)

11 de junho de 2008

Portugal 3-1 Rep. Checa


[imagem retirada de http://noticias.sapo.pt/desporto/]



Portugal havia derrotado a Turquia, na 1ª Jornada (Grupo “A”) do Euro’2008, por 2-0. Hoje foi a vez da República Checa. É isto, Sr. Pinto Ribeiro, Ministro, o que ajuda “a afirmar a língua portuguesa no mundo”. Não o acordo ortográfico. (1)

Não obstante (agora dirijo-me aos jogadores das Selecções Nacionais, mas o “recado” também serve para os governantes e outros homens de Estado), não é o suficiente.

É bom que todos os angolanos, brasileiros, cabo-verdianos, guineenses, macaenses, moçambicanos, portugueses, santomenses e timorenses, nos areópagos mundiais, seja numa cimeira da ONU ou no rescaldo de um jogo de futebol, se exprimam em português. (2)

Eu sei que existe a tentação, nesses momentos, de mostrarmos que falamos (a verdade é que na maior parte das vezes apenas “arranhamos” ) o alemão, o castelhano, o francês ou o inglês.

Porém o entendimento não se faz com subserviência. Quando nós temos disso necessidade arranjamos intérpretes. Por que não o contrário?

São vocês, as figuras públicas internacionais, o melhor veículo de afirmação da língua portuguesa.

Nesses momentos a nossa Pátria deverá ser a mesma de Fernando Pessoa: “a Língua Portuguesa”! Esse é o instrumento do nosso entendimento.


admário costa lindo


(1) O Estado da Nação II.
(2) E penso que os Galegos devem proceder de igual modo: os filhos do Galaico-Português nada devem a Castela! Sem desprimor para Espanha.

4 de junho de 2008

Candidatura Luso-Galega a Património da Humanidade



É impressionante a quantidade de milhões de euros que se gastam, num país a braços com uma crise (demasiado) prolongada, com a promoção de eventos que se promovem por si próprios.

Eu sei que, em alturas determinadas, há sempre aqueles que aproveitam certas situações para aumentar a conta bancária pessoal, inventando necessidades ilusórias. Mas digam-me qual é a necessidade de um gasto tão milionário na promoção, por exemplo, do campeonato europeu de futebol, Euro 2008? Será que os amantes do desporto, particularmente do futebol, não sabem o que se passa? Ah!, já sabia!

E sabia que em 2005 a “Associação Cultural e Pedagógica Ponte… nas Ondas” promoveu a Candidatura Multinacional de Património Imaterial Galego-Português e concorreu à III Proclamação das Obras-Primas do Património Oral e Imaterial da Humanidade (Masterpiece of Oral and Intangible Heritage of Humanity), que se decidiu em Julho daquele ano?

Não sabia? Pois essa Candidatura aconteceu, na verdade!

E sabia que, não obstante todo o esforço posto ao serviço da Candidatura, a proposta não foi escolhida pela UNESCO por apresentar uma lista de património muito vasto?

Também não sabia? Pois a Candidatura refere “as tradições orais galego-portuguesas, reporta-se a uma marca distintiva das expressões culturais das regiões do Norte de Portugal e da Galiza (Espanha), que as caracteriza como uma unidade de práticas sociais e simbólicas, de que a tradição oral é uma manifestação original […] alia-a às manifestações materiais e simbólicas no Noroeste Peninsular porque nela encontram sentido e têm origem as comunidades humanas aqui residentes e que têm consciência da importância deste mundo da oralidade na construção da sua identidade cultural. […] A excepcionalidade desta candidatura reside no facto de ela ser testemunho de um passado e de um presente que ultrapassa as barreiras políticas, através do sentimento de pertença a uma cultura comum posta em causa por alguns ditames da história e pelas transformações da sociedade contemporânea e de que a experiência de novos contactos reavivou e exigiu a salvaguarda. “

E sabia que em Setembro de 2008 a Unesco, em reunião realizada em Tóquio, decidiu abrir o processo para nova inscrição e que o seu Director, Kochiro Maatsura, se tem mostrado muito empenhado e tem insistido na nossa recandidatura, prova de que a proposta de 2005 não foi em vão e mostrou a sua importância e viabilidade?

Pois, não sabia, que pena!

“Desde então, Ponte...nas ondas! coordenada por um grupo de especialistas de universidades galegas e portuguesas continuou a trabalhar na reformulação do dossier da Candidatura do Património Imaterial Galego-Português, de acordo com as sugestões feitas, na altura, pela própria Unesco.

“Esta reformulação foi já remetida ao Ministério de Cultura de Portugal para a submeter à sua aprovação, para que a proposta seja enviada, depois de aprovada pelos dois governos, para a Divisão de Património Imaterial antes de 30 de Agosto deste ano e possa concorrer às inscrições na Lista Representativa do Património Imaterial que a Unesco tornará pública em Setembro de 2009.”

A Ponte… nas Ondas, em Março do corrente ano, pediu uma audiência ao ministro da Cultura de Portugal, José António Pinto Ribeiro. O Jornal de Notícias (JN) refere hoje que, quase TRÊS MESES DEPOIS, na ausência de resposta “o investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Alexandre Parafita e os deputados do PSD eleitos por Bragança manifestaram preocupação por temer que o Norte de Portugal pudesse ficar arredado da candidatura.” E sabe-se que o prazo para a apresentação da candidatura termina no próximo dia 30 de Agosto.

À boa maneira portuguesa o Ministério da Cultura diz que “já foram dadas instruções ao Instituto dos Museus e da Conservação, entidade que tem competências na área do património imaterial, para receber em audiência a associação Ponte… nas Ondas.” E informou dessas instruções a associação?

“Ainda não foi definida uma data para o encontro, mas vai acontecer em breve" (JN). A confiarmos no sentido de brevidade do Governo, nem o pai morre nem a família almoça.

Para terminar, como não há bela sem senão, ou como tantas vezes se esconde o gato com o rabo de fora, atentem no primeiro parágrafo da notícia do JN:
“O Ministério da Cultura mostrou interesse em acompanhar e, eventualmente, apoiar uma candidatura luso-galaica à lista representativa do Património Imaterial da Humanidade da Unesco. A garantia foi dada ao JN por fonte ministerial.”

admário costa lindo

Sociedade Secreta II

Consegui, finalmente, entrar no “Angola Museke”, o tão restrito fórum a que se refere o meu artigo “Sociedade Secreta”.

Vou aqui transcrever o artigo que lá publiquei, comemorando tão importante acontecimento.

Não estou com isto a transgredir qualquer Lei do fórum, tampouco a sua regra de ouro, porque NÃO vou “divulgar, transcrever, copiar ou utilizar a informação privada de cada membro assim como as suas mensagens, para fora das paredes do Museke.”

O artigo que se segue é de minha autoria e, assim sendo, apenas eu tenho o direito e a liberdade de dispor dele plenamente.

- transcrevendo:

Caríssimos,
sou o membro mais recente desta comunidade. Devo esse privilégio à SIAM LI.

Ao entrar no fórum cumpri TRÊS TAREFAS:

1

A primeira foi consultar o perfil da Siam Li. Fiquei sem saber se a conheço pessoalmente, ou não. Sei que a re-conheço de outras memórias. Pode ela não ter nascido em Angola, ou nunca ter calcado o solo daquela saudosa Terra mas, tenho a certeza, tem dentro de si aquilo que aprendi desde candengue, nas douradas areias do Namibe, a reconhecer como genuinamente angolano [1] (e que deveria ser apanágio de toda a Humanidade): a capacidade de saber dar sem esperar contrapartidas.

A Siam colocou um comentário no meu blog que dizia apenas isto: “Admário Podes dizer que eu te convidei Um abração”. Fico-te imensamente grato por isso.

Penso que não é normal, ou não será muito usual, que um novo membro entre com um handicap. Acontece que eu entrei com isso de handicap. Por via do meu artigo “Sociedade Secreta”, publicado no Angola Haria, o meu blog, a 23 de Maio p.p.

Pode isto parecer um discurso desconexo, mas não é. Esperem por aquilo que fiz de seguida.

2

Não sabendo, nem tendo premeditado, qualquer esquema para o périplo inicial, cliquei aqui e ali. Depois do ali entrei no “Jornal do Museke” e, como faço sempre em qualquer fórum, fui de imediato para a última página porque sei que aí se fica a saber muito do que é necessário conhecer antes de nos embrenharmos nos meandros de qualquer fio.

Há quem diga que o destino define apenas o término de uma viagem ou o destinatário de uma carta. Para lá disso nada nos garante a existência de um Destino, digamos esotérico, para que estejamos fadados. Não vou aqui filosofar sobre essa possibilidade, ou impossibilidade, por pensar que estaríamos daqui a pouco, mais palavra menos linha, a discutir o sexo dos anjos.

Sobre o sexo dos anjos, ou equiparados, já tenho a minha dose. Tinha a minha filha ainda a espontaneidade infantil quando, durante uma certa procissão, em determinado momento, parou à nossa frente um andor de Santo António com o Menino ao colo. Reparei que a minha filhota admirava com atenção redobrada aquele andor, quando se saiu com esta (tendo em vista que o Menino ia nu, como o Rei da estória):

“Pai, o Jesus não tem pila?!”

Não lhe expliquei que Deuses e Anjos não têm precisão de pila para coisa alguma - é, pelo menos, o que se diz! - não fosse a criança continuar com os porquês e eu me visse na contingência de terminar a questão com o eloquente “porque sim”! Disse-lhe apenas que a falta da pila se devia a um esquecimento (providencial ou eloquente - parêntese omitido na altura) do artista-autor da peça.

Com tudo isto queria eu dizer que, não sei por que artes do Destino ou desígnio de desconhecido Kalundu, encontrei o meu artigo “Sociedade Secreta” transcrito no “Jornal”. Cedo concluí que o tal Destino ou Kalundu usa também a alcunha XPTO. E até fica bem porque XPTO também não tem sexo. Não falo de pila ou pombinha, é de Sexo mesmo.

Conclui-se, assim, que o artigo em causa é já do conhecimento da população do Museke e dos seus órgãos administrativos. Assim sendo, vou reafirmar, depois de cá ter entrado, o que disse quando ainda estava do lado de fora: este fórum é Elitista, uma vez que o acesso é extremamente restrito.

Pode estar no pensamento dos seus mentores torná-lo um espaço controlado (daí a questão do Grande Irmão), podem até dizer “civilizado”, onde a possibilidade de existência de conflitos, como noutros lados já aconteceu, é minimizada ou mesmo eliminada. De qualquer forma, não é restringindo o acesso que isso se consegue.

A SELECÇÂO é, como nos ensina a Natureza, sempre NATURAL.

3

E é neste parágrafo que entra a terceira tarefa que cumpri ao entrar no fórum: tentar conhecer-vos.

Reparem que eu bem tinha razão, a SOCIEDADE é tão SECRETA que os próprios membros não se conhecem: a maior parte deles não tem nome, nem morada, nem telefone, nem e-mail, nem interesses, nem ocupação… nem Sexo!

Pensem apenas nisto: não é por isso que o mundo vai deixar de girar ou passar a rodopiar à nossa feição. Nós é que vamos ficar fechados numa redoma com ar viciado.

Kandandu grande
admário.

[1] O Meu amigo Zèdu-o-Outro diz que essa capacidade está em vias de extinção. Eu já lhe fiz ver que não, o Povo continua o mesmo.

- fim de transcrição.

publicado a 3.06.2008 em
http://www.casafricana.net/museke/thread.php?threadid=226

1 de junho de 2008

Ser Criança

Ser criança é pintar o mundo de luz e cor,

É rebolar na relva e sentir o seu sabor!

É rir e chorar de alegria e emoção,

É conseguir guardar o mundo junto ao coração!


Graça Torres Lindo