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26 de outubro de 2006

A Excisão em África







A excisão em África reduz a mulher ao estado animal


As mutilações sexuais femininas tornaram-se um dos crimes mais ignóbeis contra a Humanidade, indica um documento do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Com efeito a maior parte das mulheres africanas são vítimas de fístulas vesicovaginais como consequência das mutilações sexuais. Entre 100 e 132 milhões de entre elas sofrem das consequências desta prática. A cada ano um número acrescido de 2 milhões de raparigas arrisca-se a sofrer a mesma sorte. Tornam-se incontinentes, o que lhes vale serem banidas da sociedade. Morrem, por vezes.

Estas condições reduzem as mulheres ao estado animal.

Estas operações infamantes são praticadas em África, na Ásia, no Médio Oriente e na Península Arábica. A excisão é igualmente praticada no Peru, nomeadamente entre os Conibos, tribo de índios Panos do nordeste do país.

Tudo começa quando uma rapariguinha se aproxima da maturidade: é drogada e submetida a mutilações na presença do grupo familiar. A operação é praticada por uma mulher mais-velha com a ajuda de uma lâmina de bambu. Consiste no corte do hímen à entrada da vagina e separação dos lábios, expondo completamente o clítoris. De sublinhar que o peso da tradição é tal que as mulheres têm dificuldade em relacionar a excisão com as suas consequências para a saúde e a reprodução, afirma a fonte.

Para erradicar o carácter nefasto destas práticas existem, no Burkina Faso como no Senegal, textos legais que as reprimem, não acontecendo o mesmo ainda no Mali, na Gambia ou na Guiné-Bissau. Daí a “transumância” das excisadoras, o que torna difícil o combate aos relapsos, do mesmo modo que os próprios pais contribuem para a perpetuação do fenómeno enviando as filhas para os países vizinhos, onde as fazem excisar sem temer qualquer acção dos poderes públicos.

Os parlamentares eleitos de vários países da África Ocidental insistem na necessidade da harmonização das legislações. As coisas avançam lentamente. Em África as mulheres batem-se pelo recuo desta prática; em Paris Pierre Foldes, cirurgião urologista e responsável para a Ásia dos Médicos do Mundo, inventou uma técnica de reparação do clítoris.

A título de referência: a mutilação sexual feminina mais frequente é a excisão do clítoris e pequenos lábios, representando perto de 80% dos casos. A forma extrema é a infibulação: cerca de 15% dos casos. Um estudo sobre as mutilações sexuais femininas realizado em 1998 fornece detalhes sobre as consequências físicas, psicológicas e sexuais nas mulheres e raparigas que as suportam.

As consequências físicas são as seguintes: falecimento, hemorragias, choques, lesões nos órgãos vizinhos, infecções, dores agudas, ausência de cicatrização, formação de abcessos, dermatoses, quistos, quelóides, neurones de cicatriz, dispareunia, HIV/SIDA, Hepatite B e outras doenças transmissíveis pelo sangue, pseudoinfibulação, infecção das vias genitais, dismenorreias, retenção urinária, infecção das vias urinárias, obstrução crónica das vias urinárias, incontinência urinária, estenose da abertura artificial da vagina, complicações no trabalho de parto.

O ideal seria que toda a sociedade – e particularmente os líderes de opinião como são os parlamentares, as autoridades tradicionais e os responsáveis religiosos, bem como os médicos e os técnicos de saúde - se mobilizasse para proteger as jovens de tais práticas que atentam contra a dignidade da mulher e deixam marcas duradouras na sua integridade física e moral e perturbam as relações entre homens e mulheres.

Doudou Esungi


16.05.2006


tradução:
Admário Costa Lindo



"É difícil saber o que me teria acontecido se não tivesse sido mutilada. Faz parte de mim, não conheço outra realidade"

Se a mutilação genital fosse um problema que afectasse os homens, o assunto estaria resolvido há muito tempo

Waris Dirie


WARIS DIRIE nasceu na Somália.

Com apenas cinco anos de idade foi vítima de um dos mais bárbaros costumes - a mutilação genital.

Aos doze anos o pai tentou negociar o seu casamento com um homem de sessenta.

Decidiu desaparecer. Os perigos da sua fuga pelo deserto viriam a ser largamente compensados pela conquista da liberdade.

Hoje é uma modelo famosa e vive em Nova Iorque.

Em 1997 foi nomeada pelas Nações Unidas Embaixadora para os Direitos das Mulheres, na luta pela eliminação da prática da mutilação genital feminina.

adaptado de
Waris Dirie. Aurora no Deserto, Edições ASA, Porto, 2003.




Leitura aconselhada:

Waris Dirie – Flor do Deserto e Aurora no Deserto, publicados em Portugal por Edições ASA.

Mutilar o corpo e a alma


Outubro/Dezembro.2000 pg. 5


O Manifesto de Waris Dirie

Fundação de Waris Dirie

17 de outubro de 2006

Rafael Marques, "Civil Courage Prize" 2006



foto Civil Courage Prize




O jornalista angolano e activista dos Direitos Humanos, Rafael Marques de Morais, foi galardoado com o “Civil Courage Prize” (Prémio Coragem Cívica) 2006, instituído pelo “Northcote Parkinson Fund”, uma prestigiada Fundação privada norte-americana.

A Cerimónia de entrega do Prémio terá lugar a 18 de Outubro corrente na Harold Pratt House de Nova Iorque.

Com 35 anos de idade, Rafael Marques “é um líder tenaz no combate pela reforma do repressivo e corrupto governo de Angola.”, pode ler-se no comunicado de atribuição do prémio.

Quem não se lembra que Rafael Marques foi acusado de injúrias ao Presidente da República e condenado por abuso de liberdade de imprensa? Do recurso resultou a suspensão da pena e a obrigatoriedade do pagamento de uma indemnização por danos morais ao Presidente.

A sua prisão ficará na História como o marco cimeira da luta pela liberdade de imprensa em Angola.

Mas Rafael Marques não se intimidou e não parou por aqui. Tenho para mim que isso apenas lhe deu mais força para a sua batalha contra a repressão, a corrupção e a injustiça.

O prémio foi-lhe atribuído pelo seu trabalho realizado entre 1999 e 2002, período durante o qual investigou e “escreveu extensivamente sobre as condições contínuas de pobreza das populações da província de Cabinda, rica em petróleo, e da Lunda, a principal região de exploração diamantífera.”

“Rafael Marques estuda presentemente na University of London. A sua família continua em Angola. A publicação dos seus textos críticos continua via Internet e outros media.”

Embora Portugal o ignore, ou por isso mesmo, não deixem de ler o portentoso relatório

Operação Kissonde:
Os Diamantes da Humilhação e da Miséria



Admário Costa Lindo

15 de outubro de 2006

1ºs Jogos da Lusofonia






4 Continentes, 1 Língua
Unidos pelo desporto


Terminam hoje os 1ºs Jogos da Lusofonia a decorrer em Macau sob a égide da Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa (ACOLOP).

Estão presentes 760 atletas dos 12 países e regiões da ACOLOP: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Índia (Goa), Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Sri Lanka e Timor-Leste, competindo nas modalidades de atletismo, basquetebol, futebol, futsal, taekwondo, ténis de mesa, voleibol e voleibol de praia.


A ACOLOP foi fundada a 8 de Junho de 2004, em Lisboa, com o objectivo de integrar os países e regiões de língua portuguesa a partir do desporto estando reconhecida pelo Comité Olímpico Internacional.


“Foi o culminar de um complexo processo de diplomacia desportiva, de aproximação entre povos e culturas, de comunhão de vontades e aspirações, mas foi, sobretudo, a concretização do que muitos consideravam uma utopia. Foi um sinal de vitalidade extraordinário, com impacto indelével no futuro próximo.

Focalizando a génese desta Associação, bastaria enunciar os laços históricos comuns e o elo de ligação traduzido na língua comum e em fenómenos de intersecção cultural seculares, mas a ACOLOP projecta-se bem mais além. Ela propõe-se confrontar alguns dos novos desafios que se colocam ao Olimpismo, à globalização e que caracterizam o movimento evolutivo desportivo em cada um dos países integrantes deste movimento, que transcende a CPLP, ao congregar a Guiné Equatorial e a Região Administrativa Especial de Macau.” (1)

“A realização dos primeiros jogos da ACOLOP em Macau não pode nem deve ser dissociada do elevado empenho de todos e do Governo de Macau em preservar a história singular de encontro de culturas do território bem como de servir como plataforma de ligação entre a República Popular da China e a lusofonia.” (2)

“A nossa ligação e amizade não fica apenas nas trocas comerciais e na cooperação económica e por isso, a área desportiva assume um destaque particular como mais um elo da ligação, como mais uma forma de cooperação e de desenvolvimento da nossa amizade.” (3)


Jogos de 2009 atribuídos a Portugal

A 6.ª Assembleia-geral da ACOLOP, reunida em Macau a 10 do corrente, atribuiu a Portugal a realização dos 2ºs Jogos da Lusofonia, a decorrer em 2009.

A esta assembleia foram também apresentadas as pré-candidaturas da Índia (Estado de Goa) e do Brasil à terceira edição, em 2013.

Admário Costa Lindo

HINO

Não há terra nem há mar
Que consigam separar
Quem fala o idioma
Do coração
Não há tempo nem distância
Que apaguem a fragrância
De uma amizade
Que perdura

Não há credo nem há cor
Que abalem o ardor
Desta grande família
Que mora em todo o mundo
Vamos juntos celebrar
Este encontro singular
Em paz, harmonia
E plena comunhão

Gentes da lusofonia
Espalhem a vossa emoção
E a vossa alegria
Gentes da lusofonia
Partilhem a vossa paixão
E sabedoria

Há sabores e perfumes
E diferença nos costumes
Que trazem mais riqueza
À nossa união
Há no ar uma esperança
Há a fé numa mudança
Que transforme a nossa vida
Em algo bem melhor

Letra e música de Luís Pedro Fonseca



(1)
Comandante Vicente Moura, Presidente da Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa.

(2)
Dr. Manuel Silvério, Presidente da Comissão Organizadora dos Primeiros Jogos dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa.

(3)
Dr. Edmund Ho, Chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China.

13 de outubro de 2006

Muhammad Yunus, Nobel da Paz 2006



"Se eu fosse um capitalista abastado, criaria uma dotação de fundos para cada um destes empreendedores. Se fosse um produtor de Hollywood, faria um filme para contar as suas histórias."


O Prémio Nobel da Paz 2006 foi atribuído a Muhammad Yunus, professor universitário de Economia e ao Banco Grameen do Bangladesh, por si fundado e entidade bancária vocacionada para o microcrédito, pelos “seus esforços para criar desenvolvimento económico e social a partir da base”.


Atendendo que - como referiu à Lusa o sociólogo e presidente do Conselho Económico e Social, Alfredo Bruto da Costa - "há uma relação muito forte entre a pobreza e a paz", uma vez que "a pobreza e a fome significam em si próprias uma situação de violência e são um clima favorável ao desenvolvimento de guerras", a atribuição deste prémio ao pai do microcrédito é de uma justeza inatacável.

O grande contributo de Muhammad Yunus para a causa da Paz foi o facto de, definitivamente, ter transformado o microcrédito em teoria Económica.

Por outras palavras: Muhammad Yunus provou que também os pobres e marginalizados pelo grande capital, aqueles que não conseguem as garantias exigidas pelos magnatas da banca mundial, são capazes de ter ideias e criar riqueza.

A prova acabada desta teoria é a rentabilidade demonstrada pelo Banco Grameen. Nascido no Bangladesh, um país subdesenvolvido, com uma população de 150 milhões de habitantes num território que não chega a ter duas vezes a área de Portugal e cujo rendimento das famílias mais pobres não ultrapassa os 51 euros anuais, o Banco já estendeu a sua acção a mais 59 países, Portugal incluído.

A Associação Nacional de Direitos de Crédito baseia a sua acção na filosofia de Muhammad Yunus. “O número de empréstimos concedidos a pessoas que não têm acesso a crédito para desenvolver negócios por falta de garantias mais do que duplicou em 2005, em Portugal. O número de empréstimos de microcrédito tinha aumentado em Portugal 142 por cento relativamente a 2004, para 153 processos, que totalizaram um volume de crédito concedido de 693,73 mil euros e que traduz uma subida de 119 por cento, segundo dados disponibilizados em Janeiro passado. Desde o início da associação, em 1999, a ANDC ajudou a criar cerca de 630 empresas e 700 postos de trabalho.”

E pergunta-se: será que os grandes senhores da banca nacional seguirão o exemplo do Prémio Nobel da Paz?

É muito difícil acreditar nesta hipótese. Para se igualar Muhammad Yunus não é vital ser Economicista: é necessário, apenas, ser um Grande Humanista. E alguém conhece Humanistas na grande banca portuguesa?

Admário Costa Lindo.

fonte: SIC/Lusa.


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9 de outubro de 2006

Mossungo





Acaba de nascer uma nova página no Angola Haria.

Mossungo é o pseudónimo de Eduardo Brazão-Filho, um moçamedense com uma vasta obra praticamente inédita.

Iremos publicando excertos dessa obra, em poesia e em prosa, que demonstra quanto o autor amava a sua terra e o seu povo.

O link encontra-se na coluna da direita, em "As Outras Páginas".

6 de outubro de 2006

Prémio Nacional de Cultura 2006 - II

O escritor Uanhenga Xitu foi o vencedor da disciplina de Literatura do Prémio Nacional de Cultura e Artes.

Uanhenga Xitu
foto Angop


Para a atribuição deste troféu, o júri do prémio presidido por Fátima Viegas, justificou a escolha de Uanhenga Xitu pela qualidade estético-artística do conjunto das obras do escritor que teve início em 1974 com a publicação do "Meu Discurso".

Nos seus trabalhos, o escritor e o contador tradicional cruzam-se numa recriação escrita da oralidade, que se faz mediante a inserção genealógica e a hibridação textual que é, no fundo, o caminho escolhido para manifestar em termos formais as confluências referidas.

Uanhenga Xitu é o pseudónimo de Agostinho Mendes de Carvalho, nascido aos 29 de Agosto de 1924, em Calomboloca, Icolo e Bengo, província do Bengo.

De sua autoria fazem parte as obras "Meu Discurso", 1974; "Mestre Tamoda", 1974; "Bola com Feitiço", 1974; "Manana", 1974; "Vozes na Sanzala - Kahitu", 1976; "Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem", 1980; "Os Discursos de Mestra Tamoda", 1984; "O Ministro", 1989; "Cultos Especiais", 1997, "Os Sobreviventes da Máquina Colonial Depõem", reedição 2002.



A Banda Maravilha foi a vencedora da disciplina de Música do Prémio Nacional de Cultura e Artes.

Segundo a presidente do júri, Fátima Viegas, a atribuição do prémio a este grupo tem a ver com a singularidade do seu percurso no contexto da música popular angolana.

Acrescentou que foi realçado durante o período de análise das obras concorrentes, o grau de profissionalização, a evidenciação de renovação e capacidade de diálogo do grupo com outras vertentes estilísticas.

Para a atribuição do troféu, o corpo de jurado socorreu-se ainda ao facto de a sua última obra discográfica "Zungueira" consolidar as qualidades rítmicas do grupo.

A Banda Maravilha, criada em 1993, tem como integrantes Moreira Filho (baixista e vocalista), Chico Santos (percussionista), Marito Furtado (baterista), Carlos Venâncio (guitarra ritmo e solo) e Mikeias (teclista).

O agrupamento tem no mercado três discos, sendo o primeiro "Angola Maravilha", lançado em Julho de 1997, o segundo "Semba Luanda", em Fevereiro de 2001, e o terceiro "Zungueira", em Agosto de 2001.

A obra contém 11 faixas musicais e contou com as participações de músicos brasileiros como Margareth de Menezes, Serginho Trombone, Leu, Goldmen e Demetrio Bizerra, bem como a Banda Desejos.

Produzido pela Rubens Produções, foi masterizado e misturado pela Rádio Vial sem quaisquer custos.



5.10.2006

5 de outubro de 2006

Prémio Nacional de Cultura 2006 - I



Anúncio do Prémio Nacional de Cultura e Artes 2006
foto Angop



O Ministério da Cultura (Mincult) anunciou hoje, em conferência de imprensa realizada no Museu Nacional de História Natural, em Luanda, os vencedores das diversas disciplinas do Prémio Nacional de Cultura e Artes 2006.

Fátima Republicano Viegas, Presidente do Júri


O júri foi integrado pelas seguintes personalidades:
Fátima Republicano Viegas– presidente,
Samuel Aço, na disciplina de Investigação em Ciências Humanas e Sociais,
Adriano Botelho de Vasconcelos e João Maiomona, Literatura,
Marcela Costa e Augusto Ferreira, Artes Plásticas.

Fizeram ainda parte dos jurados
Nelson Augusto e Domingos Nguinzani, Dança,
Dionísio Rocha e Angelo Quental, música,
Carlos Alberto Castelhano Dias e Pulquéria Van-Dúnem, Teatro,
Maria João Ganga e Manuel Mariano, nas disciplinas de Cinema e Áudiovisuais.

Eis os premiados na edição 2006:

Investigação em Ciências Humanas e Sociais
Investigador e professor universitário Zavoni Ntondo, pela obra Morfologia e Sintaxe do Ngangela

Dança
Ana Clara Guerra Marques, pela qualidade estético-artística das suas representações.

Música
Banda Maravilha, pela singularidade do seu percurso no contexto da música popular angolana.

Literatura
Uanhenga Xito, pela qualidade do conjunto da sua obra literária, cujas produção se iniciou em 1974 com o livro Os Discursos do Mestre Tamoda.

Nas disciplinas de Teatro, Artes Plásticas e Cinema e Audiovisuais não houve vencedores por o júri considerar que as obras apresentadas não apresentaram qualidade compatível com o nível de exigência do prémio.

De periodicidade anual, o Prémio Nacional de Cultura e Artes é uma realização do Ministério da Cultura (Mincult) e visa incentivar a criatividade artística, promover a qualidade da produção do cinema e audiovisuais, os bens culturais e de conhecimento, através da publicação, divulgação e valorização.

O prémio é uma homenagem e incentivo ao génio criador dos angolanos, tendo por fim perpetuar no seio dos cidadãos nacionais ideias tendentes à compreensão das múltiplas formas da criação artística, diversidade das manifestações linguísticas e culturais do povo e da unidade do Estado e da Nação.


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5.10.2006