O jornalista angolano e activista dos Direitos Humanos, Rafael Marques de Morais, foi galardoado com o “Civil Courage Prize” (Prémio Coragem Cívica) 2006, instituído pelo “Northcote Parkinson Fund”, uma prestigiada Fundação privada norte-americana.
A Cerimónia de entrega do Prémio terá lugar a 18 de Outubro corrente na Harold Pratt House de Nova Iorque.
Com 35 anos de idade, Rafael Marques “é um líder tenaz no combate pela reforma do repressivo e corrupto governo de Angola.”, pode ler-se no comunicado de atribuição do prémio.
Quem não se lembra que Rafael Marques foi acusado de injúrias ao Presidente da República e condenado por abuso de liberdade de imprensa? Do recurso resultou a suspensão da pena e a obrigatoriedade do pagamento de uma indemnização por danos morais ao Presidente.
A sua prisão ficará na História como o marco cimeira da luta pela liberdade de imprensa em Angola.
Mas Rafael Marques não se intimidou e não parou por aqui. Tenho para mim que isso apenas lhe deu mais força para a sua batalha contra a repressão, a corrupção e a injustiça.
O prémio foi-lhe atribuído pelo seu trabalho realizado entre 1999 e 2002, período durante o qual investigou e “escreveu extensivamente sobre as condições contínuas de pobreza das populações da província de Cabinda, rica em petróleo, e da Lunda, a principal região de exploração diamantífera.”
“Rafael Marques estuda presentemente na University of London. A sua família continua em Angola. A publicação dos seus textos críticos continua via Internet e outros media.”
Embora Portugal o ignore, ou por isso mesmo, não deixem de ler o portentoso relatório
Admário Costa Lindo
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