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28 de novembro de 2007

Boas Festas do Zé da Fisga


BOAS FESTAS

é o que desejam a toda Angola e aos leitores do Angola Haria,
o Zé da Fisga e o seu criador, Nando.

O Nando aproveita esta oportunidade para fazer o seguinte apelo:

Pretendendo reunir o seu espólio artístico, agradece a quem possua qualquer obra sua, imagem em qualquer suporte e formato ou qualquer objecto com as suas criações, o favor de o contactar através do e-mail do Angola Haria.

Agradecemos que passem esta informação a amigos e conhecidos.

A reunião desse espólio será apresentada no Angola Haria, em página ArtHaria a criar oportunamente.

O Nando e o Angola Haria agradecem penhoradamente.

11 de novembro de 2007

Kuta xiri


nas bordas da lavra há mandioca aos montinhos
na sanzala o pilão faz em pó
o suor de todos dias,

nos carreiros da lavra sente a terra entre os dedos,
na sanzala reprime o nó
e o travo na garganta.

dali eles não ouvem o ruído da cidade grande
nem batuques nem massembas
nem o canto da vitória,

sabem que a chuva ameaça não chegar a tempo
de salvar a colheita do massango
e o quiabo e o cará.

- e amanhã, o que será?

ele responde a única verdade que na alma
ainda resiste:

- Kuta xiri, meu amor!




admário costa lindo
11.11.2007

10 de novembro de 2007

Espécies marinhas ameaçadas



Decorreram em Luanda, de 7 a 9 de Novembro, as “14ªs Jornadas Técnico-científicas do INIP - Instituto Nacional de Investigação Pesqueira”, durante as quais se debateu o tema "As Mudanças Climáticas e os Novos Desafios da Investigação Pesqueira e Tecnológica".

Durante os trabalhos especialistas de Angola, Portugal e Noruega discutiram temas relacionados com o Ambiente e Saúde dos Ecossistemas Aquáticos, os Recursos Biológicos Aquáticos e o Controlo e Qualidade de Produtos de Pesca.

Muitas espécies marinhas estão ameaçadas e outras em vias de extinção, devido às alterações climáticas e à acção do ser humano nos seus habitats, reconheceu a vice-ministra das Pescas, Vitória de Barros Neto, na cessão de abertura.

Disse Vitória de Barros que a temperatura, o chumbo e o oxigénio são factores limitantes para muitas espécies marinhas e que a sua alteração no meio põe em risco a sobrevivência das espécies, com maior ênfase para os recursos pesqueiros, alvo de pressão da pesca.

Os especialistas prevêem a delapidação dos recursos marinhos até 2024, caso a situação actual não seja alterada.

Kosi Luyeye, Director Técnico do INIP, apresentou o estudo “Impacto das Alterações Ambientais no Comportamento dos Recursos Marinhos” onde se refere que Angola poderá registar, nos próximos anos, uma redução drástica da quantidade de peixe nos mares em consequência das alterações ambientais, podendo mesmo ocorrer a extinção de algumas espécies.

A grande mortandade de peixes ocorrida nos anos 1995 e 1996 na província de Benguela, a redução e redistribuição de recursos pelágicos, o estabelecimento de colónias de focas a sul de Tombwa e a elevada quantidade de medusas existente nessa região, são consequência das alterações ambientais na costa angolana.

A solução apontada pela pesquisa refere ser necessário optar por abordagens holísticas no mar angolano, espécie a espécie, com a introdução e consolidação de medidas de conservação dos recursos biológicos aquáticos e seus ecossistemas e preparação de planos de contingência que obstem a que as mudanças climáticas afectam áreas interligadas, os habitats de peixes, sua distribuição, abundância de espécies e as cadeias alimentares.

Os participantes recomendaram a necessidade de complementar os dados recolhidos ao longo dos cruzeiros científicos com os dados obtidos por satélite, de modo a encontrar-se mecanismos que forneçam dados fiáveis, que permitam a realização de estudos realistas dos recursos pesqueiros e para que se saiba da fiabilidade das informações de captura fornecidas pelas empresas pesqueiras.

A forma mais simples de acompanhar as alterações no ecossistema marinho, segundo Francisca Delgado, directora do INIP, consiste na medição regular da variação de parâmetros oceanográficos e atmosféricos, como as temperaturas do mar e a atmosférica, as concentrações de oxigénio e chumbo, a altura das marés ao longo da costa ou em pontos pré-determinados.


admário costa lindo


fonte: Angop

6 de novembro de 2007

Guerra Civil em Portugal: 66.000 mortos


Muitos portugueses, desde as tertúlias de café até a posições oficiais de pessoas com responsabilidade, já se manifestaram contra a regra anunciada de distinção dos condutores mediante a colocação de dísticos nas viaturas, de acordo com os registos de sinistralidade de que forem responsáveis.



Os argumentos variam, desde a privacidade e liberdade individuais até ao facto de uma obrigação deste jaez não se admitir num Estado de Direito, como Portugal.

Ninguém lembra, porém, as 66.000 pessoas que, segundo a Direcção-Geral de Viação, morreram nas estradas portuguesas nos últimos 30 anos.

Não há muitas guerras civis com tantos mortos e esses não podem argumentar.

admário costa lindo