A Exposição do Jorge Miranda será, estou certo disso, uma revisitação às cores que nós tivemos o supremo privilégio de beber in loco:
"sente-se o vento que nos fustiga o rosto com picos de areia perfurantes.
apalpa-se a erosão no desgastar das rochas.
Estranhos relevos.
almofadas ondulantes de veludo ou esquinantes limas abrasivas,
contramaré na monotonia da planura infinda queimada pelo sol sedento.
A este não é premente fixá-lo olho a olho por perigo de cegueira,
basta admirar as novas cores os vermelhos os laranjas e os
dourados de aguarela nos morros calcinados pelo tempo.
Pegue-se uma moldura em madeira pintada a ouro
e coloque-se de encontro à paisagem:
da direita para a esquerda ou da esquerda para a direita, tanto faz,
uma pincelada de ocre abarca os dois terços superiores do quadro.
à direita baixa uma mancha vertical em azul-verde esmeralda.
à esquerda, partindo de baixo, quatro barras horizontais evoluem
do vermelho ao amarelo-alaranjado"
o Namibe
in o bico-de-lacre e o tarrote
Jorge Miranda no ArtAfrica
(busca por António Jorge Miranda)
admário costa lindo
2 comentários:
senti o vento e toquei em todas as cores
a saudade dói ainda
quis sentir a terra onde nasci
um abraço
beijinhos
lena
Adorei!
Um abraço grande
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