SEGUIDORES

31 de dezembro de 2007

A nossa celebrada inteligência II



Há uma geração, os humanos evitaram a destruição nuclear; com sorte, continuaremos a iludir esses e outros terrores em massa. Mas, hoje, damos muitas vezes por nós a perguntar-nos se teremos inadvertidamente envenenado ou aquecido demais o planeta, connosco incluídos. Também usámos e abusámos da água e do solo a ponto de já haver pouco de cada, e dizimámos dezenas de espécies que, provavelmente, nunca mais voltarão a existir. O nosso mundo, como alertam várias e respeitadas vozes, poderá um dia degenerar em algo parecido com um terreno vazio, onde corvos e ratazanas corram por entre as ervas, caçando-se uns aos outros. Se isso acontecer, a que ponto correram tão mal as coisas para que, com toda a nossa celebrada inteligência superior, não estejamos entre os sobreviventes?


Alan Weisman
“O Mundo Sem Nós”

A nossa celebrada inteligência I




Uma amiga fez o favor de me enviar esta imagem por email.
Continua actual, embora tenham decorrido alguns anos.
Eis a legenda que a acompanhava e que subscrevo inteiramente:

“Só quem é pobre, é que procede com tanta generosidade.

Que pena o HOMEM não ser sempre assim.”



crédito da imagem: Gujarat Samachar Online

24 de dezembro de 2007

Exposições ArtHaria

Caros Amigos:

Todos os Artistas desejam que a sua Obra seja divulgada até ao mais recôndito canto da Terra.

Não sabemos se isso é possível, mas vamos tentar.

o Angola Haria abriu hoje mais uma página que mais não é do que a extensão das Exposições dos nossos artistas.

Porém, como se disse várias vezes, o Angola Haria está aberto para o mundo. Basta uma mensagem por correio electrónico para nascer uma nova página.

A página "Exposições" estará ligada à página do ArtHaria respectiva.

No presente caso, a 1ª Exposição é "Tempo no Tempo" de Ferreira Pinto.
Basta ligar, desta página, à ArtHaria de Ferreira Pinto e nesta a "Tempo no Tempo" (coluna da direita).

21 de dezembro de 2007

Festas Felizes




Desejamos a todos os Amigos e Colaboradores

FELIZ NATAL

e

PRÓSPERO ANO NOVO

crédito da imagem do imbondeiro:
ADIMO, Amigos do Distrito de Moçamedes

8 de dezembro de 2007

Portugal, o Estado da Nação I



Faz ou que eu digo…
não faças o que eu faço!

É, o Estado Português, Pessoa de Bem?

Tenho muitas dúvidas. Pelo que me é dado observar é o mínimo que se pode dizer a respeito.

Quem é devedor ao Estado paga, mais tarde ou mais cedo, a bem ou a mal. Caso a colecta não seja legítima, o imposto indevido ou a taxa estapafúrdia, pagas primeiro e reclamas depois.

O Estado recebe em prazos fixos e rígidos, que ele próprio determina, mas paga em prazos móveis e maleáveis, que ele próprio decide.

O Estado cobra juros nos pagamentos fora do prazo. A uns chama “compensatórios”, por compensação está-se mesmo a ver, a outros “de mora”, precisamente pela demora. E são cumulativos. E são, muitas das vezes, duplicativos, juros sobre juros.

O Estado, aos cidadãos que pagam, não lhes chama “pagantes”, mas “contribuintes”. Para dar a ideia que estamos, assim, a contribuir… para a UNICEF, os Médicos Sem Fronteiras ou a Cruz Vermelha.

O Estado não se contenta em colectar e cobrar impostos: inventa nomes e obrigações. Em vez de cobrar os impostos no final do exercício ou ano civil, inventou os “Pagamentos por Conta”: recebe antecipadamente, “por contado que há-de vir. Não chegando, inventa-se outro: “Pagamento Especial por Conta”, inventado há anos atrás com o objectivo de “equilibrar o Orçamento”. Daquele ano. Ficou para sempre. Mas, caso haja lugar a devolução daquilo que recebeu indevidamente, o Estado não paga juros.

O Estado nunca prescinde de qualquer imposto. O epíteto mais suave que se deu à “Sisa” foi “anacrónico”. Acabou-se com ele. Acabou-se? Então o que é o IMT, Imposto Municipal sobre as Transacções, (re)nascido das suas cinzas como a Fénix?

O Estado é exímio nos nomes pomposos. Passamos a vida, todos, pobres e ricos, a descontar para a Segurança Social. E o que se recebe no fim da vida activa? Uns cem, outros cinco mil. Numa idade em que todos têm as mesmas necessidades de alimentação, saúde e assistência médica, os que menos ganharam durante a vida activa, menos recebem na pré-morte. Ao organismo que tutela esta discrepância o Estado denomina de Solidariedade Social. E não falei nas “reformas douradas”, atribuídas em período activo e que são, no mínimo, IMORAIS.

Tenho para mim que as fiscalizações aos estabelecimentos comerciais e industriais, a cargo da ASAE, são, mais do que fiscalizações, colectas. Mais um dinheirinho que entra para os cofres do Estado, para “equilíbrio” do Orçamento. Não são as condições de trabalho, de atendimento ao público, de higiene e segurança no trabalho o que está verdadeiramente em causa. De outro modo como se justifica a notícia que se segue?

A Associação Sindical dos Funcionários da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASF – ASAE), (sic) mostra-se … descontente com a atribuição das ajudas de custo, o incumprimento de regras internas de higiene, saúde e segurança e ainda com o facto de a ASAE «não passar recibos discriminados de todos e cada um dos montantes que são pagos a cada funcionário (impedindo assim que este possa verificar da sua correcção)». [1]

A pergunta inicial fica, assim, com resposta concreta.



[1] Sol, 5.12.2007




admário costa lindo