Há uma geração, os humanos evitaram a destruição nuclear; com sorte, continuaremos a iludir esses e outros terrores em massa. Mas, hoje, damos muitas vezes por nós a perguntar-nos se teremos inadvertidamente envenenado ou aquecido demais o planeta, connosco incluídos. Também usámos e abusámos da água e do solo a ponto de já haver pouco de cada, e dizimámos dezenas de espécies que, provavelmente, nunca mais voltarão a existir. O nosso mundo, como alertam várias e respeitadas vozes, poderá um dia degenerar em algo parecido com um terreno vazio, onde corvos e ratazanas corram por entre as ervas, caçando-se uns aos outros. Se isso acontecer, a que ponto correram tão mal as coisas para que, com toda a nossa celebrada inteligência superior, não estejamos entre os sobreviventes?
Alan Weisman
“O Mundo Sem Nós”
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