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10 de abril de 2008

Inqualificável



Nunca saberei tudo do que é capaz a parte mais infame dessa espécie animal a que pertenço e que dá pelo epíteto de Homo sapiens. Um dos seus espécimes, um tal Habacuc, Guillermo Habacuc Vargas - que deve fazer parte da espécie por puro engano uma vez que, dentro do esqueleto, terá, quando muito, rochas em vez de carne, nervo e sangue e serradura no lugar de cérebro - cometeu um crime hediondo e inimaginável… pelo menos para mim.

Em 2007, durante a Bienal Costarricense de Artes Visuales (Bienarte), aquele energúmeno atou um pobre cachorro a uma das paredes do centro de exposições e manteve-o ali, sem alimentação, até à morte.

“Segundo me foi dado saber o cão morreu no dia seguinte por falta de alimentação. Durante a inauguração fiquei a saber que o cão fora perseguido durante a tarde por entre as casas de chapa e papelão de um bairro de Manágua com nome de um santo que Habacuc não soube precisar na altura. Cinco das crianças que ajudaram na captura receberam, pela colaboração, gorjetas de 10 córdobas. Durante a exposição algumas pessoas pediram a libertação do cãozinho mas o artista recusou-a. O nome do cão era (foi) Natividad [Natal] e foi deixado morrer à fome à vista de todos, como se a morte de um pobre cão fosse um desavergonhado show mediático, durante o qual ninguém fez nada, senão aplaudir ou observar com olhares desorientados.”

Este facto é do conhecimento público mas o endemoninhado continua impune. E mais: pelos vistos há quem ache graça e considere aquilo uma “obra de arte”. Vai daí o dito selvagem foi convidado a repetir a proeza durante a Bienal Centroamericana Honduras 2008.

Inqualificável.


Se estás tão revoltado quanto eu, assina a petição online

Boicot a la presencia de Guillermo Habacuc Vargas en la Bienal Centroamericana Honduras 2008


admário costa lindo

nota:
A citação e as imagens são do blog El Perrito Vive

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