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23 de fevereiro de 2006

Prémios de Cultura 2005



Ministério da Cultura distinguiu criadores e instituições

A coreógrafa Ana Clara Guerra Marques, os músicos Carlos Burity e Filipe Mukenga, os escritores Mena Abrantes e Jerónimo Belo, bem como a Rádio Ngola Yetu receberam Diplomas de Mérito e um prémio monetário de 5 000 USD, pelo trabalho que desenvolveram em prol da cultura nacional.
O MinCult entregou, também, Diplomas de Honra aos bancos BFA e BAI, por se terem destacado como financiadores de actividades culturais.
A cerimónia de outorga dos citados galardões enquadrou-se no âmbito das actividades comemorativas do Dia da Cultura Nacional, o 8 de Janeiro.


Tantã Cultural nº 199, 12-19.01.2006



Constam da lista de vencedores do Prémio Nacional de Cultura e Artes

na disciplina de literatura, os escritores Óscar Ribas (2000), Boaventura Cardoso (2001), Pepetela (2002), Manuel Rui Monteiro (2003) e Arnaldo Santos (2004).

Na categoria de investigação em ciências humanas e sociais, o antropólogo Rui Duarte de Carvalho (2000), Pastoral da Diocese de Menongue (2001), os sociólogos Paulo de Carvalho (2002) e Edmundo Rocha (2003). Na última edição o galardão foi atribuído a jurista Maria do Carmo Medina (2004).

Em artes do espectáculo foram já premiados Zé Keno ( 2000), Ngola Ritmos (2001), Núcleo de Teatro Etu-Lena (2002) e Carlitos Vieira Dias (2004).

Ao nível das artes plásticas Viteix foi o vencedor em (2000), Massongui Afonso (2001), Marcela Costa (2002), Augusto Ferreira (2003) e António Ole (2004).

No cinema e audiovisuais, esta distinção já foi entregue a Orlando Fortunato (2002), Óscar Gil (2003) e Maria João Ganga (2004).

O Prémio nacional de Cultura e Artes, com o valor de 35 mil dólares para cada uma das categorias, foi instituído em 2000 com o propósito de distinguir os criadores que se destacam nas disciplinas de literatura, cinema e áudio visuais, artes plásticas, artes do espectáculo e investigação em ciências humanas e sociais.


Jornal de Angola, 21.10.2005

Associação Maria de Fátima Moura



"As homenagens à vida e obra de Maria de Fátima Oliveira Moura começaram pouco depois do seu falecimento, a 10 de Dezembro de 2003.
A sua pintura, desenhos e poesia estiveram em exposição em Viana do Castelo (Exposição de Pintura e Louça), na Casa da Cultura da Trofa (Exposição de “Desenho e Louça”) e em Angeja (“A Flor em Tela e Porcelana”), acolhendo a visita de centenas de pessoas.
A 10 de Dezembro de 2005, consolidar-se-á o tributo com a constituição da “Associação para o Desenvolvimento e Promoção Cultural – Maria de Fátima Moura”. Mulher, mãe, professora, poetisa e pintora, o seu anonimato em vida foi sempre preenchido por laivos de excepcionalidade e por uma vontade permanente de se auto-superar. Caracterizada por um espírito de demanda, por uma profunda generosidade e por um inconformismo latente, procurou encontrar-se na solidão da sua escrita e na expressão da sua pintura e desenho. Por isso, o seu legado está carregado de humanidade, de intimismo e de sensibilidade. No entanto, mais do que dar a conhecer a sua herança artística e cultural, a “Associação para o Desenvolvimento e Promoção Cultural – Maria de Fátima Moura” pretende perpetuar a sua obra social, através do apoio a projectos e iniciativas de relevância local e regional e através do incentivo ao desenvolvimento cultural do País, nomeadamente nas áreas da Pintura e Desenho, com a atribuição anual de uma bolsa de estudo.
Por ter vivido com intensidade, por se ter distinguido pela sua entrega e dinamismo, por ter tocado indelevelmente no coração de todos os que a conheceram, Maria de Fátima de Oliveira Moura conseguiu imortalizar-se. A criação de uma associação com o seu nome, vocacionada para a promoção e o apoio a manifestações artísticas e culturais, é a homenagem mais sentida e mais expressiva que poderia ser feita por um filho, mas também é um gesto imperativo para recordar e honrar uma vida que, acima de tudo, não merece ser esquecida."

da mensagem electrónica recebida da Associação Maria de Fátima Moura em 12.02.2006



Maria de Fátima de Oliveira Moura nasceu em 25 de Fevereiro de 1940.
Fez a sua formação inicial na cidade de Viana do Castelo e em 1963, concluiu o curso de Professora Primária, pela Escola Privada do Magistério Primário, também em Viana do Castelo.
No ano de 1963, partiu para leccionar em Angola, ficando a morar em S. Paulo de Assunção de Luanda. Aí, casou em 14 de Setembro de 1965 com Fernando Augusto da Silva Serra, na Igreja da Sagrada Família, e em 13 de Outubro de 1966 nasceu o seu único filho, Luís Filipe.
Em Angola leccionou em várias escolas, entre as quais se destacam:
a Escola da Liga Africana, a Escola de Aplicação e Ensino, a Escola Primária n.º 83, a Escola Popular e o Colégio “O Pelicano”.
Em 1975, após a independência da ex-colónia portuguesa, regressou a Portugal, onde continuou a sua actividade profissional.
Brevemente voltaremos a falar de Maria de Fátima Moura, nas páginas do Angola Haria.